TRAFFIC SHAPING

abril 17, 2007

Traffic shaping

Se nos Estados Unidos há uma briga de cachorro grande, no Brasil a tendência é que a resistência seja mínima. Isso porque enquanto lá os gigantes da web brigam com as telecom, aqui quem é responsável pela conexão também é dono dos maiores sites nacionais. A Globo.com, que oferece e-mail, vídeos e notícias, é também dona da Net, empresa de TV a cabo e provedora de acesso à Internet. O Terra, que oferece serviços semelhantes, é de propriedade da Telefônica, que vende telefones fixos e conexão rápida. O IG é de propriedade da Brasil Telecom.

Esses provedores são acusados por usuários de fazerem “traffic shaping”, prática discriminatória em que programas de p2p ou aplicações de voz sobre IP têm a velocidade reduzida. A acusação é compartilhada pela Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido (www.abusar.org), cujo presidente afirma que os contratos dão poucas garantias aos usuários — e que as empresas se aproveitam disso para se esquivar de possíveis denúncias.

As empresas negam a prática do traffic shapping, mas muitas aparecem na lista de clientes de empresas internacionais que vendem esse tipo de serviço. A Brasil Telecom, por exemplo, figura como cliente da Naurus (http://www.narus.com/customers/index.html), que vende a ela serviço de gerenciamento de voz sobre IP.

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